sábado, 30 de maio de 2009
Conversa de Bar
"Voz 1 :
Sou filho pobre
De pai rico e mãe solteira
Sou vivo e sou besteira
Feita no banco de trás
A minha vida
Muita luta e pouca glória
Prefiro inventar história
Que a história verdade faz
Voz 2 :
E eu amigo
Que nem pai, nem mãe eu tenho
E nem todo o meu empenho
Faz o mundo me entender
Como dizer
Que a vida comigo é boa
Mesmo assim to aqui à toa
Pensando no que beber
Voz 1:
Se fosse essa conversa
Música ou poesia
Quem sabe a fama viria
E a coisa melhorasse
Voz 2 :
Que bom seria
Mas sonhar não vale nada
Não existe terra encantada
Nem flor que nela nasce."
Filippe F. Cosenza
Sou filho pobre
De pai rico e mãe solteira
Sou vivo e sou besteira
Feita no banco de trás
A minha vida
Muita luta e pouca glória
Prefiro inventar história
Que a história verdade faz
Voz 2 :
E eu amigo
Que nem pai, nem mãe eu tenho
E nem todo o meu empenho
Faz o mundo me entender
Como dizer
Que a vida comigo é boa
Mesmo assim to aqui à toa
Pensando no que beber
Voz 1:
Se fosse essa conversa
Música ou poesia
Quem sabe a fama viria
E a coisa melhorasse
Voz 2 :
Que bom seria
Mas sonhar não vale nada
Não existe terra encantada
Nem flor que nela nasce."
Filippe F. Cosenza
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Blog do ACASO!
Finalmente o grupo de teatro do qual eu faço parte possui um blog para expor sua vida e futucar na vida alheia!
O referido: http://teatroacaso.blogspot.com , recém inaugurado (por assim dizer), já está causando polêmica com espetaculares 2 (EU DISSE 2) cometários de pessoas que possivelmente são parte integrante do Grupo ACASO de Teatro.
Isso mostra que o blog promete e tende a crescer muito nos próximos dias.
Se eu fosse voce entraria lá correndo antes que lote e o servidor nao aguente tantos acesso.
To correndo pra la....
Tchau!
sábado, 23 de maio de 2009
Negócio Sério
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Grupo ACASO de Teatro
Faço parte de um grupo de teatro que se chama ACASO.
Sim, foi um nome dado ao acaso ao ACASO. (comentário inútil!)
Enfim, preciso decorar este texto (é grande mas vale a pena):
Grande Edgar, do sempre genial Luis Fernando Verissimo.
Já deve ter acontecido com você.
- Não está se lembrando de mim?
Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra? Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir. Um, o curto, grosso e sincero.
- Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à sua pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você deveria ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.
Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.
- Não me diga. Você é o… o…
“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:
- Desculpe, deve ser a velhice, mas…
Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.
E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.
- Claro que estou me lembrando de você!
Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
- Há quanto tempo!
Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.
- Então me diga quem eu sou.
Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:
- Pois é.
Ou:
- Bota tempo nisso.
Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.
- Como cê tem passado?
- Bem, bem.
- Parece mentira.
- Puxa. (Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)
Ele está falando:
- Pensei que você não fosse me reconhecer…
- O que é isso?!
- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.
- Eu esquecer você? Logo você?
- As pessoas mudam. Sei lá.
- Que idéia! (É o Ademar! não. o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O… o… como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica? Você pode chutá-lo amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)
- É incrível como a gente perde contato.
- É mesmo.
Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.
- Cê tem visto alguém da velha turma?
- Só o Pontes.
- Velho Pontes! (Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes…)
- Lembra do Croarê?
- Claro!
- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.
- Velho Croarê! (Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)
- Rezende…
- Quem?
Não é ele. Pelo menos isto está esclarecido.
- Não tinha um Rezende na turma?
- Não me lembro.
- Devo estar confundindo.
Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.
Ele fala:
- Sabe que a Ritinha casou?
- Não!
- Casou.
- Com quem?
- Acho que você não conheceu. O Bituca.
Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?
- Claro que conheci! Velho Bituca…
- Pois casaram.
É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.
- E Não me avisaram nada?!
- Bem…
- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!
- É que a gente perdeu contato e…
- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.
- É…
- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!
- Desculpe, Edgar. É que…
- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam… (Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)
- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?
- Certo, Edgar. E desculpe, hein?
- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.
- Isso.
- Reunir a velha turma.
- Certo.
- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca…
- Bituca.
- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?
- Tchau, Edgar!
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.
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Agora voces já sabem de onde surgiu o nome do blog!
ps.: Voces!?!? Quem sao "voces"!?!? Ninguem frequenta essa peibas!
terça-feira, 19 de maio de 2009
GREVE!?
Legal, a facul está em greve denovo.
Mais algumas semanas sem a mordomia de comida barata, internet à vontade e livros educativos para locar na faixa.
Uma pena, vou sentir falta da internet!
De qualquer forma consegui meios de postar aqui nesse blog, afinal nada mais importante do que ter o que acontece na minha vida sendo exposto por ai, por mim mesmo ainda por cima.
As aulas não pararam ainda porque miséria pouca é bobagem. O negócio é se adaptar.
Para celebrar, um poema:
Greve!
Faculdade da educação
Ensino público sem alimentação
Salas vazias, cadeiras viradas
A reitoria será ocupada
Marchando juntos em uma direção
E ai de quem for na contramão
Porque respeitamos o que voce pensa
Mas de que vale se pra mim nao compensa?
Somos vítimas da opressão
E não se atreva a dizer que que não.
Fim.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Não sei quanto a vocês
Eu, sempre que crio alguma coisa, fico imaginando como seria eu contando a tal criação no programa do Jô. Assim eu tento fazer com que a coisa seja o menos idiota possível e que dê uma boa história no futuro.
É tudo premeditado, até mesmo a história desse blog que começou hoje!
- Jô, me lembro como se fosse hoje a primeira vez em que escrevi no Grande Edgar. Ahn!? De onde veio esse nome? Bom, é uma história engraçada....
O grande Edgar [explicações]
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