Estive pensando em escrever sério, nestes últimos tempos. Digo sério, mais ou menos como o texto abaixo, sobre as eleições no centro acadêmico. Não que seja um texto de seriedade respeitada, mas não é uma ficção. Isso, acho que cansei de escrever ficções. Não tenho sido feliz com as últimas, salvo algumas exceções, e acho que é hora de mudar um pouquinho, tentar novos estilos.
Tenho um certo trauma de dissertações, pra dizer bem a verdade. Depois de dois anos fazendo isso toda semana no cursinho, esperando com isso ser aprovado no tal do vestibular, acabei pegando birra. Igual aqueles livros do Machado de Assis que a gente quer morrer de ter que ler no colégio, sabe? Poxa! eu queria estar jogando video-game, indo à academia, fazendo sexo (mesmo que solitário) e não ter que ler horas a fio livros que me dizem: "a vida é uma bosta, a vida é uma bosta...". No auge dos meus hormônios e dos anos "carpe-diem" eu tinha que conviver com isso... a vida é realmente uma bosta! Quase acreditei.
Enfim, voltando ao assunto inicial (e se isso fosse uma redação de vestibular eu teria zerado: fugir do tema, lembra disso?), quero escrever algo sobre alguma coisa e não nada sobre coisa nenhuma, entendeu? Por exemplo, este texto mesmo, é só um blábláblá do que eu quero fazer daqui pra frente. Tão egoísta quanto a própria idéia deste blog, individualista como quase tudo no mundo de hoje, do "meu orkut, meu msn, meu fotolog, me amem me amem... saco!". Bom, é mais um desabafo na verdade. Gostaria de poder escrever algo de utilidade pública, mas não sou jornalista e sim engenheiro (é, de fato a vida é uma bosta!). Se bem que, não sei se ainda é assim, mas qualquer um pode ser jornalista, não? Acho que ouvi algo assim por ai....
Pois bem, vou tentar escrever coisas mais interessantes por aqui. Provavelmente o interesse do que eu escrever vai se limitar ao meu círculo social, já que minha visão de mundo se limita ao pouco que leio e a eles (o círculo), mas acho legal que seja assim. Melhor falar mais do que eu sei do que um pouco do que eu não sei. Corre-se o risco de ser contraditório e se atropelar nas próprias idéias. Perigoso, não é? Afinal, não quero ser reprovado no vestibular dos blogs (risos)! Ainda assim, não importa o que se escreva, seja bom ou ruim, alguém sempre gosta e alguém sempre odeia. Estou preparado pra isso. Recebi bons comentários sobre o último texto que fiz e também alguns olhares de desdém. Fazer o que, é a vida! Vou continuar escrevendo, apesar da baixa frequência, e esperar que alguém tire proveito disso.
Xingamentos ou elogios, não importa muito. O que importa é que escrevo porque preciso (olha o egoísmo aí de novo). Não mata e faz bem, então porque parar? Enquanto tiver algo pra ser escrito, continuo aqui, marcando meus dedos engordurados (de doritos, claro) no teclado e deixando meu pequeno rastro na internet, esse mundo que não acaba. Na infinitude do que me cabe (este blog, orkut e outras redes "sociais"), em seus zilhões de bites livres e aumentando a cada dia, procuro me expressar buscando que alguém entenda. Ou que eu me entenda um pouco mais, quem sabe. E a vida vai seguindo assim... Se você esbarrou por aqui, faça bom proveito. Seja crítico e jamais deixe de pensar.