Faz anos que não ligo minha guitarra. Não é a toa, também... não sei tocar! Nunca soube realmente, mas já tive uma banda, por incrível que pareça. Nem tão incrível assim pra quem já nos ouviu tocando... uma desgraça! Parecíamos quatro caras com pedaços de pau na mão que jurávamos que faziam os sons que a gente queria, mas não, não fazia. Cantando então, uma caganeira sem tamanho. O importante é que nos divertíamos bastante e rolava vários charmes na hora de tocar, pra conquistar as garotinhas do colégio - sim, só tocamos no colégio e ainda por dó eu suspeito. Nunca peguei ninguém por causa da banda. Me valia mais segurar o violão nos luais, sem tocar nada, só fingindo mesmo, do que de fato tocar. Segurar o violão me deixava bonito. Tocá-lo me fazia tosco.
Quando comprei minha guitarra, quis a mais bonita, claro. Já sabia que o que valia era a beleza dela e não a minha e o estilo que eu fazia quando a segurava e pulava feito louco em cima do palco - que na verdade nunca foi um palco porque sempre tocamos no chão - me garantia alguns sorrisos. Depois de uns anos tentando, descobri que eu servia pra ser guitarra base e que se eu deixasse o som um pouco mais baixo, não me destacaria muito e o outro guitarrista faria tudo. Como ninguém sabia de onde o som tava vindo de fato, porque eu enganava bem, o crédito seria dividido. Entretando o outro guitarrista também não era lá aquelas coisas e no final, a banda era péssima. Porém, como existe gosto para tudo, houveram aqueles que gostavam do som da nossa banda, ou melhor, do estupro ao som que a banda fazia. Tivemos camisetas com nosso nome e uma meia dúzia de garotas novinhas que mal sabiam o que eram pêlos pubianos. Que diferença faz, afinal? Quando elas tem a gente pede pra tirar mesmo, então estava bom.
Pena que a coisa não durou muito. Veio a faculdade e estragou tudo. Quero dizer, não tudo, afinal de contas me formarei engenheiro, talvez. Melhor do que tentar a vida de músico, artista ou coisa assim. Ser rockstar não é pra quaquer um. Eu que sempre me recusei a ter cabelo comprido não me daria bem nessa profissão. Além do que, com os visuais que se vê por ai hoje em dia o melhor mesmo é ficar assim: engenheiro. Ainda bem que isso não significa que eu preciso parar de tocar meu violão, graças-a-deus. Acho até que a qualidade musical de minhas canções melhoraram. Também, depois de tanta bosta que vemos na universidade, é a única arma que temos... a música, o texto, a poesia, enfim: a arte. Porque até onde eu sei, raiz quadrada não critica, só se enquadra.
Quando comprei minha guitarra, quis a mais bonita, claro. Já sabia que o que valia era a beleza dela e não a minha e o estilo que eu fazia quando a segurava e pulava feito louco em cima do palco - que na verdade nunca foi um palco porque sempre tocamos no chão - me garantia alguns sorrisos. Depois de uns anos tentando, descobri que eu servia pra ser guitarra base e que se eu deixasse o som um pouco mais baixo, não me destacaria muito e o outro guitarrista faria tudo. Como ninguém sabia de onde o som tava vindo de fato, porque eu enganava bem, o crédito seria dividido. Entretando o outro guitarrista também não era lá aquelas coisas e no final, a banda era péssima. Porém, como existe gosto para tudo, houveram aqueles que gostavam do som da nossa banda, ou melhor, do estupro ao som que a banda fazia. Tivemos camisetas com nosso nome e uma meia dúzia de garotas novinhas que mal sabiam o que eram pêlos pubianos. Que diferença faz, afinal? Quando elas tem a gente pede pra tirar mesmo, então estava bom.
Pena que a coisa não durou muito. Veio a faculdade e estragou tudo. Quero dizer, não tudo, afinal de contas me formarei engenheiro, talvez. Melhor do que tentar a vida de músico, artista ou coisa assim. Ser rockstar não é pra quaquer um. Eu que sempre me recusei a ter cabelo comprido não me daria bem nessa profissão. Além do que, com os visuais que se vê por ai hoje em dia o melhor mesmo é ficar assim: engenheiro. Ainda bem que isso não significa que eu preciso parar de tocar meu violão, graças-a-deus. Acho até que a qualidade musical de minhas canções melhoraram. Também, depois de tanta bosta que vemos na universidade, é a única arma que temos... a música, o texto, a poesia, enfim: a arte. Porque até onde eu sei, raiz quadrada não critica, só se enquadra.
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