quarta-feira, 31 de março de 2010

tum-tum-tum

Cara, esse barulho chato, insistente, começa a me doer os ouvidos.

Começou como um zumbido bobo, uma voz de consciência fraca e sem sentido. Agora é maquinário, é rua movimentada, é New York enlatada. Começa a me deixar louco. Louco de pedra.

Às vezes acho que fala comigo. "TUM-TUM-TUM". Às vezes acho que não.

Também, se fosse falar ia falar o que? Que minha vida é isso, minha vida é aquilo. Nada de novo, afinal. Só o mesmo tum-tum-tum de sempre. Ad Infinitum ou sei lá o que.

Já não importa mais também. É tão repetitivo, sempre no mesmo intervalo, sempre no mesmo periodo, tão cotidiano, que é como se levantar todos os dias, tomar o café, estudar-trabalhar-trepar, dormir. É como rotina.

Se for ver bem é assim mesmo. A vida é um zumbido chato e insistente que aprendemos a conviver.

Um comentário:

  1. engraçado, meu coração bateu mais rápido, lembrei também do começo da música Time do Pink Floyd, escutei outros diversos barulhos insistentes chatos que me atordoam os dias, mas a gente acaba se acostumando né, caso contrário, nao vivemos..no final, acho que eles formam uma grande e bonita sinfonia.
    bonito, cheio de sinestesia.
    beijo, moço. e viva o mundo dos blogs!

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