Um homem, farmaceutico, encontrou a cura para uma doença rara. Ficou famoso e ganhou muito dinheiro. Teve carros, mulheres, sem querer alguns filhos e se divertiu muito até o dia em que o dinheiro acabou e ele não conseguia mais emprego, por ser obsoleto. Foi encontrado no chão de um motel barato, entre São Paulo e o Rio, morto em cima de seu próprio vômito. Resultado provável de uma overdose de qualquer droga barata. Ficou famoso denovo nos noticiários e jornais impressos. Durou uma semana e morreu mais uma vez, para sempre.
Que vida. Que vida!
domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
Californication
Qualquer coisa além de cuecas e camisetas é mero formalismo, desnecessário. O bom mesmo é acordar em casa, do lado de alguma desconhecida e tentar lembrar o que aconteceu na noite passada. Depois, tentar esquecer tudo enquanto fuma um cigarro. Como não vai conseguir esquecer, escreve um livro sobre o assunto. Isso é vida de escritor.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Brigas
-Sim, estou bem.
-Tem certeza?
-Sim,já falei, quer dizer, as coisas sairam um pouco fora do controle mas vai dar tudo certo.
-Que droga, eu sabia que ia acontecer denovo?
-O que voce quer dizer, que eu não vou mudar nunca, que nao sirvo mais?
-Não é isso, mas voce tem que admitir que estava errado.
-Mas que porra, foi um erro honesto, eu não quis fazer aquilo.
-Você sempre quer fazer aquilo!
-Sim, com você, espera ai aonde você vai?
-A merda!
-Então vai, quando o próximo bêbado que voce arrumar não te quiser mais você volta.
-E você vai estar esperando como sempre?
-As coisas podem mudar amor, as coisas podem mudar e esse figurão aqui pode não te querer mais.
-Está ai algo que eu pago pra ver.
-Se é o que você quer entao adeus, tchau, au revoir.
-Espera, aonde você vai?
-Ali na esquina comprar cigarros.
-Pensei que você fosse me deixar.
-Jamais, entra no carro minha gata.
-Depende.
-Depende do que, entra logo.
-Está melhorando.
-Mas que merda, entra logo, olha só, tem um motel ali na frente onde a gente pode resolver isso.
-Sim, senhor.
-Você tem dinheiro?
-Não, voce não tem?
-Não, merda, vai no carro mesmo.
-Então vamos logo antes que eu perca a vontade.
-É pra já mulher, é pra já.
-Tem certeza?
-Sim,já falei, quer dizer, as coisas sairam um pouco fora do controle mas vai dar tudo certo.
-Que droga, eu sabia que ia acontecer denovo?
-O que voce quer dizer, que eu não vou mudar nunca, que nao sirvo mais?
-Não é isso, mas voce tem que admitir que estava errado.
-Mas que porra, foi um erro honesto, eu não quis fazer aquilo.
-Você sempre quer fazer aquilo!
-Sim, com você, espera ai aonde você vai?
-A merda!
-Então vai, quando o próximo bêbado que voce arrumar não te quiser mais você volta.
-E você vai estar esperando como sempre?
-As coisas podem mudar amor, as coisas podem mudar e esse figurão aqui pode não te querer mais.
-Está ai algo que eu pago pra ver.
-Se é o que você quer entao adeus, tchau, au revoir.
-Espera, aonde você vai?
-Ali na esquina comprar cigarros.
-Pensei que você fosse me deixar.
-Jamais, entra no carro minha gata.
-Depende.
-Depende do que, entra logo.
-Está melhorando.
-Mas que merda, entra logo, olha só, tem um motel ali na frente onde a gente pode resolver isso.
-Sim, senhor.
-Você tem dinheiro?
-Não, voce não tem?
-Não, merda, vai no carro mesmo.
-Então vamos logo antes que eu perca a vontade.
-É pra já mulher, é pra já.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Escrevendo
Esta é a grande sacada de ser escritor, ou melhor, de escrever (guardemos o termo "escritor" para os profissionais apenas). Podemos inventar de tudo, viver uma vida que não temos e ninguém, ou quase ninguém, vai saber se aquilo é verdadeiro ou não. Claro que às vezes nos obrigam a escrever: "esta é uma obra de ficção" e todo aquele papo furado mas isso não significa nada. Eu mesmo coloco muito de mim nos meus textos sem querer. Acho que é inevitável. Mas será que isso é tão ruim? Vejo isso como a identidade do autor. Como no teatro em que os personagens criados carregam um pouco da vida do ator, nos textos acontece o mesmo. Enfim, vou procurar algo que não seja sobre mim para escrever, colocando um pouco de mim. Deu pra entender?
(por Filippe, personalidade B).
(por Filippe, personalidade B).
sábado, 20 de junho de 2009
Vamos
Ela me olha nos olhos e sorri, dizendo: - Vamos!
Eu mesmo não tinha tanta confiança nos meus planos, mas os olhos dela me faziam crer que seria bom.
-Então vamos. - respondi.
Não nos mexemos da cadeira. De certa forma fazia parte da proposta.
Ai, o ócio criativo. Ficamos ali, parados. Olhos ora distantes, ora focados nos olhos do outro. O sorriso agora toma conta dos dois. São quatro lábios que já foram mais íntimos, sorrindo pela amizade. E que amizade.
-Vamos! - Falei denovo.
E fomos.
Eu mesmo não tinha tanta confiança nos meus planos, mas os olhos dela me faziam crer que seria bom.
-Então vamos. - respondi.
Não nos mexemos da cadeira. De certa forma fazia parte da proposta.
Ai, o ócio criativo. Ficamos ali, parados. Olhos ora distantes, ora focados nos olhos do outro. O sorriso agora toma conta dos dois. São quatro lábios que já foram mais íntimos, sorrindo pela amizade. E que amizade.
-Vamos! - Falei denovo.
E fomos.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Skap
Você me faz parecer menos só...
Menos sozinho.
Você me faz parecer menos pó...
Menos pozinho.
Zeca Baleiro
Menos sozinho.
Você me faz parecer menos pó...
Menos pozinho.
Zeca Baleiro
terça-feira, 16 de junho de 2009
Labuta
Estou aqui. Esperando para começar um trabalho de uma matéria da qual não me dei o trabalho de guardar o nome. A sigla é tão grande que chega a ter contradição entre as palavras quando escritas por completo. Minha situação neste trabalho é tão crítica que estu aqui, desabafando no blog, ao invés de trabalhando com os outros do grupo. Chorar não adianta mais. O negócio é se adaptar, convencer a todos que eu sei o que estou fazendo e depois, num nível mais avançado, convencer o professor também. Se conseguir tudo isso é porque mereci mesmo passar.
Vai entender!
Vai entender!
sábado, 13 de junho de 2009
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Não consigo me lembrar do resto. Que droga! Eis que no meio do caminho surge um buraco. Sim, um buraco no meio do caminho que, parecendo calculado, acerta em cheio a roda esquerda do carro. Depois de algumas voltas no ar, uma injeção extrema de adrenalina, dois corpos saindo pelos lados do carro e um pela frente, minha visão escureceu.
Abro os olhos algum tempo depois, não sei quanto, mas já existe certa aglomeração no local. Minha visão se resume a muitos pés se movimentando de um lado para o outro, pedaços do carro carimbados no asfalto, sangue na altura do meu olho direito que praticamente toca o chão e meus dois amigos estirados na minha frente, distantes uns 2 metros um do outro e uns 5 metros, na minha visão deturpada, de mim. Tento falar alguma coisa. Nada. Não consigo falar e meu ouvido está tomado por um zunido intenso que me causa dor de cabeça e não me deixa ouvir nada também. O gosto do sangue me faz esquecer a fome, motivo pelo qual estávamos no carro a princípio.
Tinha um buraco no meio do caminho. Entre a casa do Ale e a lanchonete do Pedrão. Devia ser um buraco novo, já fizemos este caminho tantas vezes e nunca o tínhamos visto. Algum caminhão talvez tenha feito isso. Percebo que minha visão começa a escurecer de novo e tento reagir. Inútil. Desmaio outra vez.
Acordo novamente com alguém tocando em minhas pernas. Que alívio, posso senti-las. Procuro meus amigos que já não estão mais ali, no meu campo de visão ainda prejudicado pelo sangue. Meu coração acelera apreensivo. Onde estão... AI! Sinto uma dor intensa na parte de trás do meu corpo. Duas pessoas, paramédicos, viram meu corpo em cima de uma maca fria. Carros buzinam. O chão antes era quente. O asfalto quente dos pneus ferozes que por ali costumam passar e agora pedem passagem para carimbar suas marcas e logotipos no meu sangue. Vai entender.
Volto o pensamento em meus amigos. É difícil manter uma linha de raciocínio. Sinto-me tão acelerado e com o corpo tão imóvel que toda energia se acumula em minhas idéias. A velocidade com que elas passam é incrível. Aí, está vendo? Estava pensando em meus amigos agora mesmo e no segundo seguinte, outro pensamento.
Sinto meu corpo sendo levantado do chão. Até que não foi difícil, não peso muito. Outra dor intensa me sobe a coluna acompanhada de um arrepio. É noite e parece estar frio. Cada passo mais próximo da ambulância é uma dor que sinto em algum lugar diferente. Hora na cabeça, hora nos pés, hora no pescoço. É a melhor dor que já senti. Sinal irrefutável de que tudo ainda está devidamente ligado dentro de mim. Arrisco movimentar o pé e olhar com os olhos tontos. Dói o corpo inteiro, mas o dedo se mexe e eu consigo ver. Sorrio antes de desmaiar de novo.
Acordo mais uma vez. "Ufa" eu penso. Agora consigo ouvir um burburinho dos homens que me acudiram, conversando. Tento chamar a atenção de um deles. Sucesso. Prontamente o homem, que está encostado na maca, coloca sua máscara protetora e começa a falar comigo. "O senhor está bem?". Sorrio, nunca me chamaram de senhor antes. Respondo, com dificuldade, com outra pergunta: "E..." pausadamente, "E... meus... amigos?". O homem esboça alguma expressão por trás da máscara e me responde: "Estão todos bem. Agora o senhor vai sentir um leve desconforto e adormecer.". Não me convenceu. Mas a parte do leve desconforto era verdadeira e tudo fica escuro de novo.
(...)
Abro os olhos algum tempo depois, não sei quanto, mas já existe certa aglomeração no local. Minha visão se resume a muitos pés se movimentando de um lado para o outro, pedaços do carro carimbados no asfalto, sangue na altura do meu olho direito que praticamente toca o chão e meus dois amigos estirados na minha frente, distantes uns 2 metros um do outro e uns 5 metros, na minha visão deturpada, de mim. Tento falar alguma coisa. Nada. Não consigo falar e meu ouvido está tomado por um zunido intenso que me causa dor de cabeça e não me deixa ouvir nada também. O gosto do sangue me faz esquecer a fome, motivo pelo qual estávamos no carro a princípio.
Tinha um buraco no meio do caminho. Entre a casa do Ale e a lanchonete do Pedrão. Devia ser um buraco novo, já fizemos este caminho tantas vezes e nunca o tínhamos visto. Algum caminhão talvez tenha feito isso. Percebo que minha visão começa a escurecer de novo e tento reagir. Inútil. Desmaio outra vez.
Acordo novamente com alguém tocando em minhas pernas. Que alívio, posso senti-las. Procuro meus amigos que já não estão mais ali, no meu campo de visão ainda prejudicado pelo sangue. Meu coração acelera apreensivo. Onde estão... AI! Sinto uma dor intensa na parte de trás do meu corpo. Duas pessoas, paramédicos, viram meu corpo em cima de uma maca fria. Carros buzinam. O chão antes era quente. O asfalto quente dos pneus ferozes que por ali costumam passar e agora pedem passagem para carimbar suas marcas e logotipos no meu sangue. Vai entender.
Volto o pensamento em meus amigos. É difícil manter uma linha de raciocínio. Sinto-me tão acelerado e com o corpo tão imóvel que toda energia se acumula em minhas idéias. A velocidade com que elas passam é incrível. Aí, está vendo? Estava pensando em meus amigos agora mesmo e no segundo seguinte, outro pensamento.
Sinto meu corpo sendo levantado do chão. Até que não foi difícil, não peso muito. Outra dor intensa me sobe a coluna acompanhada de um arrepio. É noite e parece estar frio. Cada passo mais próximo da ambulância é uma dor que sinto em algum lugar diferente. Hora na cabeça, hora nos pés, hora no pescoço. É a melhor dor que já senti. Sinal irrefutável de que tudo ainda está devidamente ligado dentro de mim. Arrisco movimentar o pé e olhar com os olhos tontos. Dói o corpo inteiro, mas o dedo se mexe e eu consigo ver. Sorrio antes de desmaiar de novo.
Acordo mais uma vez. "Ufa" eu penso. Agora consigo ouvir um burburinho dos homens que me acudiram, conversando. Tento chamar a atenção de um deles. Sucesso. Prontamente o homem, que está encostado na maca, coloca sua máscara protetora e começa a falar comigo. "O senhor está bem?". Sorrio, nunca me chamaram de senhor antes. Respondo, com dificuldade, com outra pergunta: "E..." pausadamente, "E... meus... amigos?". O homem esboça alguma expressão por trás da máscara e me responde: "Estão todos bem. Agora o senhor vai sentir um leve desconforto e adormecer.". Não me convenceu. Mas a parte do leve desconforto era verdadeira e tudo fica escuro de novo.
(...)
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Onde você gostaria de acordar amanhã?
Assita o vídeo.
Pense sobre isso.
Poste sua resposta.
http://fiftypeopleonequestion.com/locations/3-brooklyn-ny
[vídeo em inglês]
Pense sobre isso.
Poste sua resposta.
http://fiftypeopleonequestion.com/locations/3-brooklyn-ny
[vídeo em inglês]
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Eu e ela...
Eu falo pra ela. Falo quase todos os dias que estou com problemas para escrever. E ela lá, com aquela facilidade invejável, fica se gabando com suas palavras bem encaixadas como engrenagens, mesmo que tenha sido ao acaso, nos levando do começo ao fim de seus textos.
Nao tomem estas minhas palavras como se fossem de ódio ou de inveja mas sim de paixão. Um momento de paixão intensa por ela, aquela umazinha que insiste naquela humildade. E o pior é que é verdadeira. Antes fosse falsa, assim eu poderia falar. Mas nao é e eu nao posso falar. Sei que eu, no lugar dela, seria um esnobe. Talvez por isso eu esteja aqui perdido nestas palavras, sem ter o que escrever e ela lá, escrevendo como uma máquina e com a emoção de quem respira.
Quem dera eu escrevesse como ela... Quem dera...
Como nao escrevo, fico à margem da escrita arriscando letras de música, poemas, frases de impacto ou o diabo a quatro. E às vezes até uma breve homenagem, como esta.
Nao tomem estas minhas palavras como se fossem de ódio ou de inveja mas sim de paixão. Um momento de paixão intensa por ela, aquela umazinha que insiste naquela humildade. E o pior é que é verdadeira. Antes fosse falsa, assim eu poderia falar. Mas nao é e eu nao posso falar. Sei que eu, no lugar dela, seria um esnobe. Talvez por isso eu esteja aqui perdido nestas palavras, sem ter o que escrever e ela lá, escrevendo como uma máquina e com a emoção de quem respira.
Quem dera eu escrevesse como ela... Quem dera...
Como nao escrevo, fico à margem da escrita arriscando letras de música, poemas, frases de impacto ou o diabo a quatro. E às vezes até uma breve homenagem, como esta.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Epifania
Não se faz mais blogs como antigamente!
Boa época em que as pessoas comentavam.
Será que as pessoas mudaram?
Ou o autor que não mudou?
Boa época em que as pessoas comentavam.
Será que as pessoas mudaram?
Ou o autor que não mudou?
terça-feira, 9 de junho de 2009
Human
"...and I`m on my knees
looking for de answer
are we human
or are we dancer?"
Juro que eu nao gostava de The Killers antes, mas essa música é boa!
FikDik
looking for de answer
are we human
or are we dancer?"
Juro que eu nao gostava de The Killers antes, mas essa música é boa!
FikDik
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Mistério do Planeta
Vou mostrando como sou e vou sendo como posso.
Jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto.
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.
Passado, presente, participo sendo o mistério do planeta.
O tríplice mistério do stop, que eu passo por e sendo ele no que fica em cada um.
No que sigo o meu caminho e no ar que fez e assistiu.
Abra um parênteses, não esqueça que independente disso eu não passo de um malandro.
De um moleque do Brasil, que peço e dou esmolas.
Mas ando e penso sempre com mais de um, por isso ninguém vê minha sacola.
Letra de Os Novos Baianos.
Jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos
e pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto.
E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.
Passado, presente, participo sendo o mistério do planeta.
O tríplice mistério do stop, que eu passo por e sendo ele no que fica em cada um.
No que sigo o meu caminho e no ar que fez e assistiu.
Abra um parênteses, não esqueça que independente disso eu não passo de um malandro.
De um moleque do Brasil, que peço e dou esmolas.
Mas ando e penso sempre com mais de um, por isso ninguém vê minha sacola.
Letra de Os Novos Baianos.
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