terça-feira, 6 de outubro de 2009

Corre nego

Estávamos eu e um amigo. Fomos comprar qualquer coisa nessas lojas de conveniências. Na loja, havia algumas mesas como num shopping. Que estranho - pensei. E fiquei pensando, até que surge um rapaz com uma arma prateada e reluzente na mão. Não diz nada, mas tem uma aparência bastante perturbada. Meu amigo estava de costas, pagando pelos produtos no balcão da loja e eu, na porta, atrás de um sofá(?) fiquei em estado de alerta, apesar de não dar um passo sequer pra me proteger. Com uma cara muito feia e de dar dó o rapaz apontou sua arma e atirou, direto nas costas do meu amigo. Surtei. Dei gritos e pulos e corri quando o rapaz apontou a arma pra mim. Que desespero meu Deus. E meu amigo, será que morreu? Nem sangrou, só ficou o buraco da bala. Pelo menos enquanto eu pude ver, antes daquele louco e perturbado dar tiros pra todos os lados.

Sai à rua procurando ajuda. Uma garota com roupas de frio vermelhas e azuis me pega pelo braço e me manda correr. Eu corro. Mas porque estou correndo? - penso. Não pergunta, só corre - ela responde. Que estranho, eu nem perguntei em voz alta. Bom, o melhor é correr. Ao nosso lado chega um carro de polícia e, ainda em movimento, o policial nos interroga. O que está acontecendo? - ele pergunta. E eu que vou saber? Quando fui falar a garota me interrompe com um olhar de não-diga-nada e eu não digo. Os policiais desceram do carro (em movimento?) e pediram pra que olhassemos o carro. A viatura, senhor? Sim, a viatura. Tudo bem.

Estávamos olhando a viatura e ela me diz: tive uma idéia. O que? - eu penso; ou será que eu falo? Sei lá. Ela entra na viatura pela janela e pega uma bolsa preta que estava o tempo todo no banco de trás. Mas eu não tinha visto bolsa preta nenhuma!(?) Estava lá, oras - ela me repreende. Agora corre, nego - ela grita. O quê? CORRE NEGO! E eu corro. Você roubou a bolsa do polícia? Sim. Ah então tá bom. Como assim está bom? - eu penso. Tudo bem, corre que é melhor. Mas e se a polícia vem atrás, meu Deus. Não vem não. A polícia veio. Passou por nós e não viu. Como não nos viu? - questiono. O que importa é que não nos viram. - ela fala. Mas estávamos no meio da rua, eles quase nos atropelaram! Que absurdo. Ela me repreende: cala essa boa e acorda! O quê? ACORDA.

Acordo na minha cama, suado e atrasado. Uma pena, ela era tão bonita. De qualquer forma, escrever essa história aqui não é tão emocionante quanto sonha-la. Mas a vida é assim. Se fosse boa seria sonho, não é? Ou pode ser que isso tudo seja um sonho e a vida de verdade seja um paraíso, quando acordarmos. Ou pode ser que eu to viajando demais. Acho que sim. Chega.

2 comentários:

  1. É, pode ser que tudo isso seja um sonho e a vida um paraíso! Mas que sonho longo!!!!!!!!! Qdo vou acordar no paraíso?

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  2. hahaha curti! e curti esses cortes na narrativa... 'penso', 'falo', 'ela fala'... mto bom! anda bem produtivo hein!!! Isso ae... grande abraço!

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