sábado, 14 de novembro de 2009

Minha semana em frenesi

Sexta feira pa-passada, ou seja, sem ser esta última (ontem), mas a outra. Foi formatura da minha irmã e - mesmo que ela não esteja se formando exatamente - fomos a festa para comemorar. Por "fomos", leia-se "eu e minha família". Obviamente, onde tem festa tem bebida e onde tem bebida tem o senhor Filippe bêbado, pra variar. Acho mesmo que preciso parar com este hábito.

Continuando, na formatura bebi o suficiente para não lembrar o suficiente, ou apenas o suficiente pra dizer que a festa foi boa, deu pra entender? Se sim, bem - me explica depois; se não, bem vindo ao clube da ressaca e do esquecimento pós Whisky, Cerveja, Tequila, comida japonesa direto da panela - disso eu me lembro - e do amigo bêbado tomando chopp direto do balde onde era servida a cerveja. Mas onde ele conseguiu chopp? É uma pergunta tão sem sentido quanto perguntar se Deus existe.

De qualquer forma, depois da ressaca colossal no sábado de manhã e de ter que aguentar a minha família me azucriando por eu ser ridiculo quando estou bebado, veio a famos promessa: "nunca mais vou beber e-ponto-final!". No sabado mesmo à noite fui ao bar com minha irmã e meus primos e - JURO - fiquei só nos refrigerantes sem gás, servidos infinitamente naquele bar sem graça. Costumava ser engraçado quando eu bebia lá.

Sobrevivi então ao sábado. Domingo viajei, dirigi de volta à minha cidade universitária onde o perigo é sempre iminente pra quem quer parar de beber. Mesmo assim, fui forte na promessa e segunda-feira foi vencida com louvor, quando recusei um convite para "uma cervejinha só" e ainda fui na academia em contra-partida ao pedido. Mas a minha glória não duraria por muito tempo.

Cheguei à terça-feira com a cabeça focada e os músculos tonificados da academia do dia anterior. Venci as primeiras horas do dia sem muito esforço. Álcool antes do almoço já não me atraia mais, que coisa milagrosa. Eu estava mudando. Tudo ia bem, eu era vencedor de mais um dia até que - obvio que algo iria acontecer, caso contrario este texto não teria sentido - APAGÃO. Isso mesmo, você deve estar lembrado se você mora em algum estado que é alimentado com energia de ITAIPU. Mais especificamente se sua cidade é alimentada por uma das linhas de Itaipu que caiu na última terça-feira.

O que ocorreu a seguir foi natural. Tão natural quanto o próprio apagão. Tinha que acontecer e aconteceu. Bebi feito um porco no cio, se bebem os porcos quando estão no cio. O coitado do batmam bem que tentou me alcançar mas não chegou nem perto. Nem ele, nem toda a liga da justiça conseguiram deter os incríveis poderes do homem bêbado que me tornei. Algo de heróico e malígno tomou conta de mim e bebi tudo o que tinha direito. Já estava confundindo bala de canhão com conhaque de alcatrão quando resolvi parar. Meu eu recional interior me pediu pra parar e parei. Afinal, tinha que dirigir ainda. Esperei as luzes e o foco da minha visão retornarem para poder dirigir e para não ter que subir 15 (quinze) andares de escadas à pé, no escuro e sem saber diferenciar pé-direito do pé-esquerdo.

Pois bem, cheguei em casa vivo. Insano e salvo. Dormi e advinha só? Ressaca sem fim no dia seguinte, EBA QUE BOM! Além disso, recebi a boa notícia de que as bebidas que tomamos na noite anterior estavam vencidas há dias, meses, anos talvez. Preferi não saber, mas gostei de ter uma resposta plausível para a dor de cabeça medida na escala Richter que estava sentindo e para a dor de estomago infernal que me fez arrotar lava. Que bom, uma resposta. Que ruim, tive que conviver com isso o resto do dia. Mais uma vez, depois da cagada descomunal e acoolica que dei, prometi não beber nunca mais. "NUNCA MAIS! ESTÃO ME OUVINDO?". Até que chega a quarta feira...

No próximo bloco, se eu tiver saco para escrever outro texto deste tamanho sobre a minha estúpida saga de bebedeira, vocês leitores saberão o que aconteceu na quarta, quinta e sexta feiras de minha nada mole e agitada vida. Até, seus inúteis...

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