sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Na lanchonete - parte III

Se não era assim tão tímida, era educada e pediu por favor um café amargo, para curar a dor do amor perdido. Se não era assim incovenitente, talvez, trazer algumas torradas para começar o dia que tinha choro marcado às duas da tarde, depois do almoço solitário no refeitório da empresa. Não fosse menos ainda cheia de dúvidas quanto tão decidida sobre o sabor do suco, de laranja, que escolheu no cardápio sujo da lanchonete-bar-café na esquina mais movimentada das ruas de sua pequena cidade. Fosse assim um fato tão cotidiano quanto isolado, que só ela sentia, ali naquela lanchonete-bar-café, na esquina movimenta de sua pequena cidade-estado-país, não importa, à não ser o fato de ser com ela e mais ninguém e isso sim, realmente importava. Era ela. E mais ninguém.

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