Acordo bem tarde e saio da cama
Vou à sala, não há nenhum abalo
Meu café ainda é água na chama
E, antes de tentar falar, eu me calo
Ela está lá, quieta, sempre tão perto
De mãos dadas, bem íntima consigo
Não me atenho em encontrá-la, decerto
Ela está só, não quer papo comigo
Ele também, fica ali, só observando
De minhas entranhas se consumindo
Aos céus olhando e para ele gritando
Eu, qual animal, me pego fugindo
Ela é a falta, da qual sempre sinto
Ele é o tédio, comigo brincando
Ambos assim são, pois, meu labirinto
Nas férias de verão me atormentando
Dedico então a eles estes versos
Na falta de melhor coisa ofertar
Ficou uma bosta, motes dispersos...
Mas hoje foi só o que pude cagar
(Melhorado por Renato Capella - O pitaqueiro)
Fiz questão de publicar!! Ficou muito bom!
Ainda bem que tenho amigos bons a me ajudar!
Bons pra mim e bons para a arte! =D
Grande Abraço, Capella!!
E obrigado por tornar meu poema decassílabo!
Bacana, Filippe. Fico orgulhoso de ver meu pitaco no seu blog. Não sei se "melhorado por Renato Capella" é o mais adequado dizer, mas sim "decassilabado por...", sei lá, porque acho que não melhorei nada, seu poema já estava muito bom, sonoro. Escrever com métrica é divertido. Ando bem metrificante ultimamente, só que curto versos mais livres também. Estamos aí. Boa virada e bom 2010 pra vc!
ResponderExcluirps: tive que digitar "sulisto" pra enviar este comentar, hahahahaha. seu blog é meio guimarães rosa.